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Descuido aliado a negligência é igual a tragédia

Criança de apenas 3 anos morre atropelada em Novo Gama por motorista embriagado.

Mais uma vez a família da jovem dona de casa Alessandra Rocha é recebida por mais uma notícia trágica em menos de 1 ano. No ano anterior o esposo perdeu a vida de forma trágica, vítima de assassinato e um mês após, sua avó que era considerada como sendo sua segunda mãe, faleceu vítima de complicações cardíacas. Agora, uma das dores mais insuperáveis, seu filho Ruan Miguel, uma criança de apenas três anos, foi vítima de atropelando em frente à sua humilde casa, no município de Novo Gama.
A vida da jovem Alessandra Rocha, de apenas 19, mãe de dois filhos, 2 e 3 anos respectivamente, não é de comemoração nestes últimos anos. Após a morte trágica do esposo e da avó em 2015, no último sábado (9), o filho mais velho, Ruan Miguel de apenas 3 anos de idade, foi vítima de atropelamento em frente ao portão de sua residência, por volta das 18 horas. De acordo com informações de familiares, estavam todos reunidos dentro da residência, quando Miguel ao ver algumas moedinhas em uma mesa, pediu à mãe para comprar “pirulito”. A receber o sim da mãe, a criança não esperou e saiu correndo. “Ele não podia ver moedas que de imediato já queria comprar balinhas”, disse a mãe. A matriarca da família, uma senhora de 84 anos, informou que ainda tentou acompanhar Miguel até a “vendinha” do outro lado da via, mas, a criança rapidamente, movido pela empolgado, correu em direção ao comércio e ao terminar cruzar a via, foi colhido pelo veículo, que estava em alta velocidade na via que é de apenas 50km/h, sendo arremessado a aproximadamente dez metros de distância do local da colisão. Ainda segundo testemunhas o condutor do veículo estava embriagado e ao tentar desviar de uma motocicleta, atingiu mortalmente o pequeno Miguel.
A série de absurdos neste caso não para somente com a suposta embriagues do condutor. De acordo com outras testemunhas, ao prestar socorro à vítima por pressão de populares, o condutor do veículo colocou a criança de qualquer jeito no veículo e saiu em disparada rumo ao hospital do Gama. “Ele agiu como se estivesse tentando esconder algo, pois, mal aconteceu o acidente, já tentou se evadir do local, sendo contido por populares que exigiram que o mesmo prestasse socorro. Imediatamente ele jogou a criança dentro do veículo e sumiu”, disse uma testemunha. Outra testemunha conta que ao chegar no hospital com a criança, o atropelador deixou a vítima aos cuidados do tio da criança, também menor de idade e sumiu da unidade de saúde, sem proceder sequer o preenchimento da ficha de cadastro de pacientes. “Ao chegar em frente ao hospital, ele disse ao meu irmão para levar o Miguel para dentro enquanto iria estacionar o carro e quando o meu irmão desceu do carro com o Miguel, ele sumiu”, disse a mãe da criança completamente emocionada.
Ao sair da unidade de saúde, testemunhas contam que o atropelador, ao invés de procurar a família da criança, trocou de carro e novamente foi para o bar para continuar a beber, quando foi reconhecido por populares que o agrediram e o detivera até a chegada dos policiais que o conduziu ao CIOPS do Valparaíso de Goiás (Setor Céu Azul). Após ser lavrado o flagrante de delito e por no local não haver como realizar o exame do bafómetro (que mede o teor alcoólico), o atropelador foi encaminhado a uma unidade de saúde da região. Para surpresa da família e testemunhas, bem como os policias que o detiveram no interior do “boteco”, os médicos não conseguiram atestar por meio de exames a embriaguez do condutor. Com isso, o “cidadão” após pagar fiança, foi liberado e responderá em liberdade por homicídio culposo, quando não há intensão de matar.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Dr. Danilo Martins, não há como autuar por crime doloso se não for comprovada a embriaguez. "Ele foi conduzido até o posto da PRF para o teste de alcoolemia. Como ele se negou a fazer o teste, foi conduzido à presença de um médico, que não teve condições de dizer no exame clínico se ele estava ou não embriagado", destaca.
Agora, o que dizer da prestação de socorro, aonde a criança foi, segundo testemunhas, arremessada no interior do veículo sem qualquer cuidado, ser deixada como indigente em um hospital aos cuidados de outra criança que nada sabia sobre o caso e ainda, o atropelador, tentar se esquivar da culpa e ocultar o acidente ao trocar de veículo, bem como retornar ao bar para continuar a beber sem prestar qualquer esclarecimento sobre o caso às autoridades policiais, familiares ou demais pessoas. Será que as autoridades vão continuar a assistir tamanha falta de responsabilidade? Será que, se a vítima do atropelamento fosse uma pessoa de poder aquisitivo alto, o atropelador estaria solto? Com a resposta as autoridades. Comenta-se que o atropelador é um ex-policial que já cumpriu pena por crimes. Todavia, ao tentar levantar a ficha pregressa do autor, a nossa equipe de reportagem nada encontrou que pudesse esclarecer sobre a vida pregressa do autor do atropelamento.
De acordo com Sarinha de Lourdes, contou que jamais esquecerá do desespero da mãe de Miguel no momento do acidente. “Já trabalhei em um hospital, na seção de obstetrícia. Aprendi a conviver diariamente ouvindo gritos de mãezinhas que estavam em trabalho de parto, mas, o grito desesperador de uma mãezinha que perdeu o seu filhinho com apenas 3 anos de idade, de uma forma tão violenta me deixou completamente atordoada. Enquanto eu viver vou lembrar daquela cena. Os gritos de Alessandra Sousa partiram minha alma”, contou.
“Esse homem tem que pagar pelo que fez. Atropelar uma criança inocente, ir preso e depois simplesmente pagar fiança e sair como se nada tivesse acontecido. Cadê a justiça?”, disse Débora Evellym.
Várias pessoas também postaram mensagens nas redes sociais se mostrando indignadas com o ocorrido e pedindo justiça para que o caso não termine na impunidade do atropelador.
A criança foi sepultada na tarde da última terça-feira (12), no cemitério da cidade satélite do Gama em meio a muita comoção e revolta dos familiares, amigos e pessoa anônimas que estavam revoltadas devido a situação do condutor do veículo não ter recebido qualquer sansão com relação aos constantes erros cometidos no decorrer da ocorrência do acidente.

O momento mais emocionante do sepultamento, foi a chegada da mãe da criança que chegou trazendo um pirulito para entregar ao filho morto. Sob o efeito de calmantes Alessandra tentou entregar a guloseima ao filho. Todavia, não conseguiu se aproximar da urna fúnebre. “Eu vim trazer o pirulito que ele me pediu”. Uma parente, pegou o doce das mãos da mãe e colocou sobre o corpo da criança. A comoção foi geral. 


Fonte - Agencia Satélite
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