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Por decisão judicial, bebê sequestrado no Hran é retirado da família

MATHEUS OLIVEIRA/SECRETARIA DE SAÚDE
Condições de “extrema vulnerabilidade” fizeram a Justiça determinar que a criança fosse levada a uma instituição

DANIEL CARDOZO

Depois de cinco meses, o bebê sequestrado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) teve a guarda retirada da família por decisão judicial. O Conselho Tutelar da Estrutural verificou que o ambiente onde a criança vivia, na Chácara Santa Luzia, era de “extrema vulnerabilidade” e, por isso, ele foi levado para uma instituição.

As circunstâncias e o local de acolhimento não foram revelados para preservar o desenvolvimento de Jhony dos Santos Júnior, 5 meses. Os conselheiros verificaram que havia condições difíceis dentro do núcleo familiar e, inclusive, vício em drogas por parte de pessoas próximas.

A avó materna teria interesse em assumir a guarda da criança. O Metrópoles tentou contato com a família, mas não conseguiu retorno.

De acordo com a Vara da Infância e da Juventude, o acolhimento foi realizado nesta terça-feira (7/11). Um Plano Individual de Atendimento (PIA) será elaborado e apresentado pela instituição de acolhimento. Esse planejamento servirá para traçar as ações de proteção do bebê. “Na audiência de apresentação estarão presentes juiz, promotor, técnicos da entidade, servidores responsáveis pela área de acolhimento da VIJ-DF. O PIA pode ser homologado e a situação da criança já pode ser definida, com deferimento de guarda, retorno à família biológica ou cadastro da adoção”, segundo a Vara da Infância e Juventude.

O pequeno foi levado do Hran em 6 de junho deste ano. Exatos três meses depois, Gesianna de Oliveira, 25 anos, a sequestradora, foi julgada. A Justiça a condenou a 2 anos de reclusão e 10 dias de multa em regime aberto. A punição será substituída por duas penas alternativas, que serão definidas pelo juiz da Vara de Execuções Penais.

Sara, com o filho nos braços - Rafaela Felicciano/Metrópoles
Jhony, com o bebê - Arquivo Pessoal

A família tenta esquecer o trauma - Rafaela Felicciano/Metrópoles
O casal vive em um barraco humilde do Setor Santa Luzia, na Estrutural - Rafaela Felicciano/Metrópoles

Bebê sequestrado mora com os pais na Estrutural - Arquivo Pessoal
Ação rápida da polícia garantiu a segurança da criança - Arquivo Pessoal
A sequestradora, Gesianna de Oliveira, é estudante de enfermagem - Reprodução
As penas alternativas podem ser pagamento de cesta básica, perda de bens, restrição aos finais de semana e suspensão temporária de direitos, como ficar sem poder dirigir, por exemplo. Colaborou para que Gesianna não ficasse presa o fato de ser ré primária, necessitar de ajuda psicológica, a tia ter colaborado com a investigação da polícia e o bebê não ter sofrido maus-tratos.

O caso

O bebê foi levado por Gesianna do segundo andar do Hran. A mulher agiu enquanto a mãe da criança, Sara Maria da Silva, 19, participava de uma atividade com outras pacientes da maternidade.

O desaparecimento da criança foi notado por enfermeiras da unidade. Logo depois, testemunhas informaram à polícia que a sequestradora era uma mulher loira de vestido florido.

A ação da Gesianna não foi flagrada por nenhuma das 28 câmeras de segurança da unidade de saúde porque os equipamentos não estão gravando imagens. A sequestradora foi presa em casa, na QE 38 do Guará II, no dia seguinte ao rapto. Ela estava com o menino nos braços quando a polícia bateu à sua porta. A mulher enganou o marido e a família, simulando uma gravidez. E, segundo as investigações, planejou levar a criança de um hospital público.


Fonte - Metrópoles

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