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CLIMA - DF não tem chuvas há 82 dias

O período de estiagem começou no início de maio, e desde então, os brasilienses não viram mais os pingos de chuva nas janelas

Foto: Agência Brasil

Já faz 82 dias que a chuva caiu no chão do Distrito Federal pela última vez, e parece que o “recesso” de São Pedro por aqui irá se prolongar ainda mais. Com a estiagem chegando ao seu terceiro mês e as umidades do ar variando entre 20% e 30%, os brasilienses precisam estar cada vez mais preparados para enfrentar o período de seca.

Nesta última terça-feira (26), após o DF completar 80 dias sem chuvas, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou um alerta de cor amarela para a região. Segundo o órgão, o comunicado é decorrente de um perigo potencial de haver uma baixa umidade do ar, mas com um baixo risco de incêndios florestais e danos à saúde da população.

De acordo com Mamedes Melo, previsor e pesquisador do Inmet, é uma obrigação do órgão avisar os brasilienses sobre os riscos provenientes do período de seca. O especialista também explica que o alerta amarelo é mais brando que as cores laranja e vermelha, que advertem a possibilidade de haver maiores riscos para a saúde dos moradores.

“Sempre que a umidade relativa do ar tende a ficar abaixo dos 30 por cento, é nossa obrigação avisar aos órgãos competentes e a população de forma geral. Lembrando que todo tipo de aviso meteorológico possui níveis de intensidade: o amarelo é mais brando, o laranja já é um aviso severo, e o vermelho é o aviso extremo, onde vidas humanas estão em altíssimo perigo”, explica.

O pesquisador do Inmet afirma também que, com a escassez de chuvas, as temperaturas ficam mais altas e secas, o que faz com que os focos de queimada aumentem gradativamente neste período do ano. Uma especificidade da estiagem deste ano é a presença do fenômeno Lã Nina, que, segundo o especialista, tornou o período “ligeiramente mais quente” do que o ano passado: “Os efeitos são globais, para nós, ele faz intensificar esta massa de ar seco”.

Seca permanece no mês que vem

Realidade do Distrito Federal nos meses de junho e julho, a seca também vai estar presente na vida dos brasilienses em agosto. Aliás, na segunda quinzena do próximo mês, a temperatura deve ficar ainda mais elevada, enquanto que a umidade do ar pode chegar a até 15%.

“A previsão é de continuar com esta amplitude térmica, em que de manhã é mais frio e a tarde é mais quente. Porém, na segunda quinzena de agosto em diante, a temperatura tende a se elevar, e aí, a umidade pode ter picos abaixo de 20 por cento”, explica Mamedes.

Segundo o pesquisador do Inmet, há a expectativa que alguma precipitação pontual aconteça em agosto. Porém, a presença de dias com baixas umidades atmosféricas no DF deve durar até o mês de setembro, quando o inverno terá fim. Em seguida, virá a estação primaveril, que vai terminar com a época de estiagem e trará de volta as chuvas na capital federal.

Fim de semana terá umidade entre 20 e 25%

Neste último final de semana de julho, a garrafinha de água e o protetor solar devem ser companheiros indispensáveis dos brasilienses que desejam procurar um lazer ao ar livre. Nesta sexta-feira (29), a temperatura mínima é de 14ºC e a máxima é de 28ºC, com o céu apresentando poucas nuvens. A umidade mínima do ar pode chegar a até 20%.

Apesar de estar previsto o aparecimento de muitas nuvens, a chuva não irá socorrer os brasilienses neste sábado (30), onde a temperatura máxima também será de 28ºC, com mínimas de 15ºC. Neste dia, a umidade do ar estará “mais fresca”, se é que podemos falar assim, podendo chegar a até 25%.

O percentual é a mesma previsão feita para este domingo (30), onde poucas nuvens estarão no céu de Brasília, que deve ficar apenas com o seu azulado característico, sendo perfeito para tirar fotografias junto aos ipês. A temperatura máxima será de 29ºC e a mínima de 15ºC.

Umidificadores são a solução

O período de seca não é a parte do ano favorita do estudante Wilke Chaves, de 22 anos, que diz ficar com a pele ressecada e sentir dificuldades respiratórias quando a umidade atmosférica está menor que 30%. Atleta amador de basquete, o jovem diz sentir muita indisposição para praticar o esporte quando o tempo está seco.

“O pior mesmo são as questões respiratórias, a dificuldade de respirar e a sensação de cansaço. Ainda mais eu, que sou fumante. Eu me sinto muito mais indisposto a fazer exercícios físicos e coisas do tipo quanto mais baixas estão as umidades do ar”, conta o estudante.

Para Wilke, o mais importante para conviver com a seca em Brasília é ficar bem hidratado ao longo do dia. Além disso, para contornar a baixa umidade no ambiente, o jovem aproveita as tecnologias que amenizam a secura do ar em lugares fechados. “No trabalho, o pessoal disponibiliza alguns umidificadores. Em casa também, eu normalmente costumo usar umidificadores e climatizadores. De certa forma, ele ajuda. Isso além de se hidratar”, afirma.

Fonte - Jornal de Brasília

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