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EM CAMPANHA - Ciro Gomes diz a varejistas que Lula considera povo “bando de imbecil”

Fala do pedetista ocorreu durante participação do ex-ministro em evento do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo, em São Paulo

Hugo Barreto/Metrópoles

O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, afirmou, nesta segunda-feira (22/8), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “considera o povo um bando de imbecil”. A fala ocorreu durante participação do ex-ministro em evento do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo, em São Paulo.

“Lula considera o povo um bando de imbecil, que tem que ser excitado por essa memória afetiva mentirosa. Ele nunca promoveu picanha e cerveja para o povo”, disparou o pedetista.
Para o ex-governador do Ceará, Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto, “não tem a menor ideia do que aconteceu com o Brasil e no mundo”.

“Quando terminou o mandato do Lula, cinco brasileiros acumulavam a renda dos 100 milhões de brasileiros mais pobres. Este é o fato. Fez menos reforma agrária que o Fernando Henrique. Patrocinou o lucro do setor financeiro oito vezes superior ao Fernando Henrique”, defendeu.
O ex-ministro também mirou o presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua fala.

“Lula conseguiu essa lambança de juntar tudo o melhor dos artistas, intelectuais porque o Bolsonaro é um malcriado e agora é um fascista. Então, todo mundo é fascista se não for corrupto, como o Lula quer que seja. Eu mesmo já fui um garoto prodígio e hoje sou inimigo preferencial. Pouco me importa”, completou.

Ciro já lançou quatro livros na área de economia política: No País dos Conflitos, O Próximo Passo – Uma Alternativa Prática ao Neoliberalismo, Um Desafio Chamado Brasil e Projeto Nacional: O Dever da Esperança.

Ciro Ferreira Gomes, nascido em 1957, é um professor, advogado, ex-governador do Ceará, ex-prefeito de Fortaleza, ex-ministro e político brasileiro. Natural de Pindamonhangaba, em São Paulo, foi anunciado como pré-candidato à Presidência da República.

Gomes foi criado em Sobral, no Ceará, de onde é a família paterna dele. Cursou direito na Universidade Federal do Ceará (UFC) e, aos 23 anos, se tornou advogado e professor universitário.

Em 1982, Ciro Gomes se candidatou a deputado estadual pelo Partido Democrático Social (PDS), mesmo partido do progenitor, e foi eleito. No ano seguinte, assumiu o primeiro mandato e filiou-se ao Partido do Movimento Democrático (PMDB). Na eleição posterior foi reeleito.

Mais tarde, filiou-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e disputou a prefeitura de Fortaleza. Eleito, tomou posse do cargo em 1989. No ano seguinte, ganhou a eleição para governador do Ceará e tornou-se o segundo chefe do Executivo estadual mais novo do país à época.

Durante o governo de Ciro, no entanto, um fato chamou atenção da nação. Uma rebelião no Instituto Penal Paulo Sarasate, no Ceará, fez com que o Arcebispo Dom Aluísio Lorscheider fosse sequestrado por presos que exigiam armas e munições. No momento em que a confusão ocorreu, Dom Aluísio visitava o presídio com outros bispos para denunciar as más condições do local.

Presos e reféns deixaram o presídio em um carro blindado após negociações conduzidas por Ciro.

Após deixar o governo do estado, o político se tornou ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco. Também foi ministro da Integração Nacional, durante o governo Lula, sendo responsável pela obra de transposição do Rio São Francisco.

Em 1998, concorreu, pela primeira vez, à Presidência. Não eleito, tentou, outra vez, êxito nas urnas durante a corrida presidencial, em 2002. No entanto, naquele ano ficou em quarto lugar, com 12% dos votos. Em 2018, já filiado ao PDT, Ciro Gomes se candidatou, pela terceira vez, ao cargo de presidente da República, mas terminou em terceiro lugar.

Entre 2007 e 2010, Ciro Gomes exerceu o cargo de deputado federal pelo PSB. À época, foi o segundo deputado mais votado do Brasil, ficando atrás de Paulo Maluf. Em 2013, foi nomeado secretário estadual de Saúde do Ceará pelo governador Cid Gomes, irmão dele. Dois anos depois, assumiu novamente o comando da secretaria durante o governo de Camilo Santana.

Em 2015, foi contratado como diretor da Transnordestina e, mais tarde, se tornou presidente da empresa. Ele também já foi um dos diretores da Companhia Siderúrgica Nacional. Dois anos dpeois, tornou-se vice-presidente nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT).

Desde às eleições de 2018, Gomes vem fazendo oposição ao governo Bolsonaro. Além do presidente, Sergio Moro e Lula também são alvos constantes de Ciro. Recentemente, o ex-governador do Ceará lançou oficialmente sua pré-candidatura à presidência da República para as eleições 2022.

Ciro é pai de quatro filhos: Gael Gomes, Lívia Saboya Ferreira Gomes, Yuri Saboya Ferreira Gomes, Ciro Saboya Ferreira Gomes, e é casado com Giselle Bezerra. Além de Giselle, Ciro já teve outras duas esposas: Patrícia Saboya e a atriz Patricia Pillar.

Durante o relacionamento com Patrícia Pillar, inclusive, o político se envolveu em polêmicas. Uma delas ocorreu durante uma entrevista a um jornalista. Ao ser indagado sobre o papel e a possível exploração da imagem da atriz na vida política de Gomes, ele respondeu que era dos “mais importantes”, pois seria o de “dormir com ele”.

Além disso, boatos de que Gomes teria batido em Patrícia também passou a circular na internet. Contudo, tanto a atriz quando o advogado negaram as acusações e informaram que se tratava de uma informação falsa com o intuito de manchar a imagem do político.

Ciro já lançou quatro livros na área de economia política: No País dos Conflitos, O Próximo Passo – Uma Alternativa Prática ao Neoliberalismo, Um Desafio Chamado Brasil e Projeto Nacional: O Dever da Esperança.

Ciro Ferreira Gomes, nascido em 1957, é um professor, advogado, ex-governador do Ceará, ex-prefeito de Fortaleza, ex-ministro e político brasileiro. Natural de Pindamonhangaba, em São Paulo, foi anunciado como pré-candidato à Presidência da República.

Bate-boca com empresário

Ainda no encontro com empresários, Ciro Gomes teve uma pequena discussão com Flávio Rocha, do grupo Riachuelo, na qual os dois se desentenderam sobre o papel do Estado na economia.

O bate-boca começou quando foi aberta a sessão de perguntas ao presidenciável e Flávio associou o crescimento do Estado com a piora do cenário econômico. O empresário também defendeu a abertura do país para o livre mercado e reclamou da proposta de taxação de grandes fortunas, defendida por Ciro para financiar a renda mínima de cidadania no valor de R$ 1 mil.

Ciro rebateu as afirmações, dizendo que o problema do país não é o tamanho do Estado. “Eu já tô muito maduro para ficar defendendo Estado máximo ou mínimo. O que eu quero desenhar é um Estado objetivamente encarregado de promover suas tarefas nas quais a iniciativa privada não é capaz de fazer”, começou.

“Me responda: qual foi a nação do planeta Terra que lançou sua infraestrutura sem investimento do governo? Qual nação atingiu qualquer que seja o nível de maturidade tecnológica sem a presença pioneira do Estado?”, questionou.

Flávio, então, citou o exemplo dos Estados Unidos como um país em que a presença do governo foi mínima e Ciro interrompeu: “Você não ouviu o que eu falei? Isso aqui se chama celular, quem criou foi o DARPA, uma agência estatal americana. Quem criou a internet que estamos usando aqui foi o exército americano”, continuou o presidenciável, citando outras tecnologias criadas a partir de investimento governamental.

“Tudo isso está muito bem difundido para a iniciativa privada, mas nenhum domínio foi, nem na química, nem na biologia, nem na farmácia, nem na eletrônica, nenhum domínio foi feito pela iniciativa privada. Porque é muito caro, Flávio. A pesquisa básica é inviável de ser remunerada pelo capitalismo”, argumentou.

Ciro continuou falando sobre grandes estruturas financiadas pelo governo nos Estados Unidos. “O camarada tem a malha rodoviária nos Estados Unidos, vai ver se aquilo foi a iniciativa privada que fez. Até pode ter os grandes operadores…” Neste momento, Flávio interrompe para citar outros exemplos, como a vacina contra a Covid-19, da Pfizer, e é novamente cortado por Ciro.

“Para com isso. Tudo é o Estado. Você não sabe que a pesquisa da Covid-19 foi paga pelo estado americano? Meu amigo, desintoxica. Vamos raciocinar juntos. Você acabou de citar a vacina. A vacina foi feita com inversão poderosa do tesouro americano”, rebateu.

O pedetista ainda vai desafiou o empresário a propor soluções. “A pergunta simples é: vamos cortar aonde? Vamos diminuir o tamanho do Estado? Vamos. Corte o quê?”

Além do empresário do grupo Riachuelo, também estiveram presentes do evento lideranças do setor como Luiza Trajano, do Magazine Luiza e Jorge Gonçalves Filho, presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo.

Fonte - Metrópoles

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