“Ele só pode ter recebido para votar no Bolsonaro”, diz tia detida por reter título do sobrinho. Episódio registrado na pequena Ubaí, na região norte de Minas Gerais, virou caso de polícia
Arquivo/Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Com cerca de 12 mil habitantes, o pequeno município de Ubaí, no norte de Minas Gerais, protagonizou uma das ocorrências policiais mais inusitadas do primeiro turno das eleições.
Uma mulher de 34 anos foi detida por se recusar a entregar o Título de Eleitor do sobrinho, de 17 anos, que queria votar.
O motivo da confusão: segundo a própria mulher, que falou com a coluna na noite deste domingo, o garoto pretendia votar em Jair Bolsonaro. Ela, eleitora de Lula, não queria deixar porque tinha certeza de que ele havia “vendido” o voto por R$ 10 para um amigo bolsonarista.
Empregada doméstica, Patrícia Lopes guardava consigo o título de Carlos Alexandre Pereira, que mora na casa dela.
Como ela se recusava a entregar o documento do sobrinho, a polícia foi chamada para resolver o imbróglio.
À coluna, ela disse que queria “proteger” o adolescente, a quem chamou de “abestalhado”: “Basta dar R$ 10 ou R$ 20 que ele faz qualquer coisa”.
“Com certeza ele recebeu dinheiro desse amigo para votar no Bolsonaro, mas aqui em casa a gente é Lula”, diz ela.
Em sua defesa, Patrícia nega que tenha se recusado a entregar o título de eleitor do sobrinho. Ela sustenta que reteve o documento porque, antes, queria que o pai dele desse o ok. “Não era para tanto, não precisava disso”, lamenta.
Em razão do episódio, a doméstica deverá ser chamada a se explicar à Justiça Eleitoral.
Depois da confusão, Carlos Alexandre saiu de casa. Até a noite deste domingo, não havia voltado. E Patrícia não sabia dizer se ele conseguiu participar ou não da eleição.
Detalhe: para votar, nem era necessário apresentar o título. Bastava apresentar um documento de identidade com foto.
Fonte - Metrópoles
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