Por Agência Satelite
Em meio ao silêncio do governo federal diante da alta dos combustíveis, o preço da gasolina voltou a subir nos postos do Distrito Federal. Entre a tarde de segunda-feira (4/8) e a manhã desta terça (5/8), motoristas já se depararam com o litro sendo vendido a até R$ 6,53 — um aumento de R$ 0,29 em relação aos dias anteriores.
A nova alta ocorre mesmo após semanas de quedas provocadas por uma “guerra de preços” entre os postos. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis-DF), o aumento é resultado da chamada "readequação de margem", uma justificativa que acende o alerta sobre a instabilidade no setor e a ausência de medidas eficazes do governo federal para conter os reajustes.
Na prática, a gasolina segue pesando no bolso do cidadão comum, enquanto o Palácio do Planalto evita enfrentar o problema de frente. Mesmo com a queda no preço médio nas últimas quatro semanas — de R$ 6,56 para R$ 6,28 — o alívio foi breve e insuficiente.
"Promoção passageira", diz sindicato
O presidente do Sindicombustíveis-DF, Paulo Tavares, minimizou a alta e sugeriu que os consumidores aproveitem enquanto podem:
“Os preços baixos não duram muito tempo”, disse, destacando que a concorrência entre postos levou os valores ao limite do prejuízo.
O etanol também subiu R$ 0,10 nesta segunda-feira, contribuindo para o novo aumento da gasolina, que segue sendo vendida acima de R$ 6 em praticamente todo o DF. Enquanto isso, o governo federal não apresenta soluções estruturais para garantir estabilidade e previsibilidade nos preços.
Apesar de promessas de composição de preços e controle tributário, a realidade nas bombas segue sendo de frustração para os motoristas. Com mais um reajuste no horizonte, cresce o desgaste da imagem do governo perante a população, que paga a conta da instabilidade econômica e da falta de respostas concretas.