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Oposição alcança maioria no Senado por impeachment de Alexandre de Moraes, mas Alcolumbre trava processo


Por Celso Alonso - Agência Satélite

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) anunciou nesta quinta-feira (7) que a oposição já conta com 41 senadores favoráveis à abertura do processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, a oposição atinge a maioria necessária para dar início ao processo. O único entrave, agora, é a resistência do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que até o momento tem se recusado a cumprir sua obrigação institucional e pautar o pedido.

Nas redes sociais, Nikolas afirmou que o senador Laércio Oliveira (PP-SE), antes tido como indeciso, declarou apoio ao impeachment, fortalecendo ainda mais o grupo pró-impeachment. "Soma-se 41 assinaturas. Temos maioria para a admissibilidade da denúncia. Resta agora Alcolumbre deixar de se acovardar diante do STF e dar início ao processo", escreveu Nikolas na rede X.

O deputado também explicou os passos do rito regimental necessário para que Moraes seja afastado:
  1. Alcolumbre lê a denúncia.
  2. Comissão Especial é instalada.
  3. Parecer prévio – maioria simples (41 votos).
  4. Ministro tem 10 dias para apresentar defesa.
  5. Parecer final – maioria simples.
  6. Se aprovado, o ministro é afastado.
  7. Decisão final do Plenário – 2/3 dos votos (54 senadores).
“Em frente. A tirania cairá”, completou Nikolas, em tom de desafio ao que classifica como abuso de poder por parte de Moraes.

Em entrevista coletiva, o senador Rogério Marinho (PL-RN) confirmou a maioria pró-impeachment e exigiu que o presidente do Senado cumpra seu papel constitucional.

"O Senado compreendeu que há uma necessidade urgente de reequilibrar os Poderes. Agora, cabe a Alcolumbre respeitar a vontade da maioria dos senadores. O Brasil não pode ficar refém da covardia ou dos conchavos de bastidores com ministros da Suprema Corte”, disparou Marinho.

Apesar da força do movimento, Marinho admitiu que não espera total colaboração de Alcolumbre. Mesmo assim, afirmou que a oposição continuará firme na luta por justiça e também pela anistia dos patriotas perseguidos politicamente.

“A esquerda fala em ‘sem anistia’, mas foi beneficiada por anistia mesmo tendo cometido crimes graves como sequestros, assaltos e assassinatos durante o período militar. Agora, querem negar o mesmo perdão a cidadãos comuns que se manifestaram contra o sistema”, concluiu.

Conforme já se esperava, aliados do governo Lula e defensores de Alexandre de Moraes tentam minar o movimento legítimo da oposição. O senador Cid Gomes (PSB-CE) afirmou que Alcolumbre “não colocará a matéria em votação”, deixando claro que pretende blindar Moraes a qualquer custo.

Já o senador governista Randolfe Rodrigues (PT-AP) foi ainda mais agressivo, acusando a oposição de “chantagem”. Segundo ele, “o Senado não vai se curvar” à pressão popular. A declaração foi duramente criticada por parlamentares que enxergam nessa postura um desprezo pela vontade da maioria e uma tentativa de manter a impunidade de ministros do STF.

“A verdadeira chantagem é feita por ministros que usurpam funções do Legislativo e perseguem adversários políticos, com aval de figuras como Alcolumbre”, reagiu um senador da oposição, sob reserva.

A abertura do impeachment contra Alexandre de Moraes é hoje a principal bandeira da oposição, intensificada após a decisão arbitrária que impôs prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro — vista por muitos como uma retaliação política.

Mesmo com a maioria de 41 senadores, a falta de coragem política de Alcolumbre ameaça enterrar o processo, aumentando a tensão institucional entre o Senado e parte significativa da população, que exige o fim dos abusos de poder.

Enquanto isso, a oposição lançou um site com o placar atualizado dos senadores favoráveis, indecisos e contrários ao impeachment. A iniciativa busca transparência e pressão pública sobre os parlamentares que se omitirem.

Senadores a favor do impeachment de Moraes
  1. Alan Rick (UNIÃO–AC)
  2. Alessandro Vieira (MDB–SE)
  3. Astronauta Marcos Pontes (PL–SP)
  4. Carlos Portinho (PL–RJ)
  5. Carlos Viana (PODEMOS–MG)
  6. Cleitinho (REPUBLICANOS–MG)
  7. Damares Alves (REPUBLICANOS–DF)
  8. Dr. Hiran (PP-RR)
  9. Eduardo Girão (NOVO–CE)
  10. Eduardo Gomes (PL–TO)
  11. Efraim Filho (União-PB)
  12. Esperidião Amin (PP–SC)
  13. Flávio Bolsonaro (PL–RJ)
  14. Hamilton Mourão (REPUBLICANOS–RS)
  15. Ivete da Silveira (MDB–SC)
  16. Izalci Lucas (PL–DF)
  17. Jaime Bagattoli (PL–RO)
  18. Jayme Campos (UNIÃO–MT)
  19. Jorge Kajuru (PSB–GO)
  20. Jorge Seif (PL–SC)
  21. Laércio Oliveira (PP-SE)
  22. Lucas Barreto (PSD–AP)
  23. Luis Carlos Heinze (PP–RS)
  24. Magno Malta (PL–ES)
  25. Marcio Bittar (UNIÃO–AC)
  26. Margareth Buzetti (PSD–MT)
  27. Marcos Rogério (PL–RO)
  28. Marcos do Val (PODEMOS–ES)
  29. Mecias de Jesus (REPUBLICANOS–RR)
  30. Nelsinho Trad (PSD–MS)
  31. Oriovisto Guimarães (PODEMOS–PR)
  32. Plínio Valério (PSDB–AM)
  33. Professora Dorinha Seabra (UNIÃO–TO)
  34. Rogério Marinho (PL–RN)
  35. Sergio Moro (UNIÃO–PR)
  36. Styvenson Valentim (PODEMOS–RN)
  37. Tereza Cristina (PP–MS)
  38. Wellington Fagundes (PL–MT)
  39. Wilder Morais (PL–GO)
  40. Zequinha Marinho (PODEMOS–PA)

Senadores indecisos
  1. Ângelo Coronel (PSD–BA)
  2. Ciro Nogueira (PP–PI)
  3. Confúcio Moura (MDB–RO)
  4. Daniella Ribeiro (PSD–PB)
  5. Davi Alcolumbre (UNIÃO–AP)
  6. Dra. Eudócia Caldas (PL–AL)
  7. Eduardo Braga (MDB–AM)
  8. Eliziane Gama (PSD–MA)
  9. Fernando Dueire (MDB–PE)
  10. Flávio Arns (PSB–PR)
  11. Giordano (MDB–SP)
  12. Jader Barbalho (MDB–PA)
  13. Jussara Lima (PSD–PI)
  14. Mara Gabrilli (PSD–SP)
  15. Marcelo Castro (MDB–PI)
  16. Renan Calheiros (MDB–AL)
  17. Romário (PL–RJ)
  18. Soraya Thronicke (PODEMOS–MS)
  19. Sérgio Petecão (PSD–AC)
  20. Veneziano Vital do Rêgo (MDB–PB)
  21. Zenaide Maia (PSD–RN)

Senadores contrários ao impeachment de Alexandre de Moraes
  1. Ana Paula Lobato (PDT–MA)
  2. Augusta Brito (PT–CE)
  3. Beto Faro (PT–PA)
  4. Chico Rodrigues (PSB–RR)
  5. Cid Gomes (PSB–CE)
  6. Fabiano Contarato (PT–ES)
  7. Fernando Farias (MDB–AL)
  8. Humberto Costa (PT–PE)
  9. Irajá (PSD–TO)
  10. Jaques Wagner (PT–BA)
  11. Leila Barros (PDT–DF)
  12. Omar Aziz (PSD–AM)
  13. Otto Alencar (PSD–BA)
  14. Paulo Paim (PT–RS)
  15. Randolfe Rodrigues (PT–AP)
  16. Rodrigo Pacheco (PSD–MG)
  17. Rogério Carvalho (PT–SE)
  18. Teresa Leitão (PT–PE)
  19. Weverton (PDT–MA)

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