Agência Satélite
A polêmica entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à agência Reuters continua gerando repercussões internacionais. Durante a conversa, Lula afirmou que não irá “se humilhar” para conversar com o presidente norte-americano Donald Trump sobre o aumento de tarifas sobre produtos brasileiros – uma postura que foi vista por muitos como mais uma demonstração de orgulho ideológico em vez de defesa dos interesses do Brasil.
A Fox News, uma das maiores emissoras dos Estados Unidos, destacou nesta quinta-feira (7) a fala de Lula, que classificou as sobretaxas impostas por Trump como “chantagem inaceitável”. Apesar do impacto negativo das tarifas de 50% nas exportações brasileiras, o petista tem se recusado a abrir diálogo direto com o governo americano.
Trump, por sua vez, já declarou publicamente que está disposto a conversar. “Lula pode me ligar quando quiser”, afirmou o republicano durante uma coletiva na Casa Branca. Mas em vez de buscar uma solução diplomática, o presidente brasileiro preferiu mais uma vez usar as redes sociais para fazer declarações vagas, dizendo apenas que o Brasil “sempre esteve aberto ao diálogo”.
A Fox também relembrou que Lula aproveitou a entrevista para atacar o ex-presidente Jair Bolsonaro, sugerindo que ele teria “influência” na decisão dos EUA de aplicar o tarifaço – uma tentativa de culpar adversários políticos por sua própria incapacidade de conduzir a política externa com seriedade.
Além disso, Lula saiu em defesa do Supremo Tribunal Federal (STF), criticado internacionalmente por decisões polêmicas, e afirmou que o tribunal “não se importa com o que Trump diz”. Na mesma linha, acusou Bolsonaro e seus filhos de serem “traidores da pátria”, elevando ainda mais o tom do confronto político.
A estratégia do governo Lula, ao que tudo indica, segue priorizando o embate ideológico e o alinhamento cego ao STF, enquanto o Brasil perde espaço no comércio internacional e vê pequenos produtores e exportadores sendo prejudicados pela falta de articulação diplomática.