Da Redação
Um episódio incomum ocorrido nesta semana reacendeu questionamentos sobre a atuação do governo Lula em relação à Venezuela e à Rússia. Um avião de carga Ilyushin IL-76, pertencente à Aviacon Zitotrans — empresa russa sancionada pelos Estados Unidos por transporte de equipamento militar — pousou no Aeroporto Internacional de Brasília no último domingo (10/8) e permaneceu em solo brasileiro por três dias, sem justificativa clara e com o cliente responsável pelo fretamento exigindo anonimato.
A aeronave, matrícula RA-78765, partiu de Moscou no dia 5 de agosto e fez escalas no Azerbaijão, Argélia e Guiné antes de chegar ao Brasil. Depois de deixar Brasília, seguiu para a Colômbia e, em seguida, aterrissou em Caracas, capital da Venezuela, destino de Nicolás Maduro.
Segundo o Departamento do Tesouro dos EUA, a Aviacon Zitotrans já foi usada para transportar equipamentos militares russos para a Venezuela e países africanos, violando sanções internacionais. O fato de um avião com esse histórico permanecer dias em solo brasileiro, com permissão das autoridades aeroportuárias e sem divulgação oficial de sua carga ou objetivo, alimenta teorias de que o Brasil poderia ter sido utilizado como escala estratégica para uma operação sensível.
Fontes ligadas ao setor diplomático levantam a hipótese de que o voo possa estar relacionado a uma eventual rota de fuga de Nicolás Maduro para a Rússia, diante de crescentes pressões internas e externas. O silêncio do governo brasileiro e a ausência de explicações públicas sobre a natureza da carga ou do passageiro reforçam as suspeitas.
A permanência prolongada da aeronave em Brasília, sem transparência, levanta questionamentos sobre até que ponto o governo Lula estaria disposto a colaborar com interesses russos e chavistas, mesmo diante de sanções e alertas de Washington.
