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Polícia Civil do DF reduz atendimento por 24 horas e paralisa investigações

Serão registrados apenas flagrantes e ocorrências graves até 8h de sexta; investigações ficam paradas por 'prazo indeterminado', diz polícia. Medida visa pressionar GDF por alteração salarial.

Por G1 DF

Fachada da sede da Polícia Civil do DF (Foto: TV Globo/Reprodução)
A Polícia Civil do Distrito Federal informou que vai reduzir ao máximo as atividades das delegacias por 24 horas a partir desta quinta-feira (26) e paralisar "por tempo indeterminado" as investigações em protesto contra o GDF, que não atendeu a demanda da categoria de equiparar salários com os da Polícia Federal.

"O governo fechou as portas para negociar e não tem demonstrado intenção de avanços na pauta", disse o Sinpol.

Segundo a corporação, os serviços começaram a ser interrompidos às 8h. Diferente da operação-padrão – realizada no ano passado em que os policiais desempenhavam apenas a própria função – desta vez, somente serão registrados flagrantes e ocorrências graves como homicídio, latrocínio e estupro.

Fachada do Departamento de Polícia Especializada (DPE) do Distrito Federal (Foto: Dênio Simões/Agência Brasília)
De acordo com a polícia, a decisão foi tomada nesta quinta (25) em assembleia geral convocada pelo sindicato da categoria e pode ser revista na semana que vem em nova reunião. O Sinpol informou ao G1 que, em setembro, o governador Rodrigo Rollemberg havia se comprometido a debater novamente com os policiais se o projeto da previdência fosse aprovado pela Câmara Legislativa.

A junção dos fundos previdenciários do servidores públicos do DF foi sancionada no dia 3 de outubro e, segundo o Sinpol, até o momento nenhuma reunião com o GDF foi agendada. O G1 entrou em contato com o Palácio do Buriti e aguardava retorno até a publicação desta reportagem.

Entenda

Desde 2016, os policiais civis pedem equiparação de reajuste com a Polícia Federal – que foi beneficiada com 37% de aumento, parcelados em três anos. Para reivindicar o reajuste, os policiais fazem operação padrão.

Com a medida, agentes registram apenas flagrantes e ocorrências criminais. Investigações, intimações, protocolo de documentos e diligências ocorrem de forma mais restrita. De acordo com o sindicato, o objetivo é denunciar o acúmulo e a sobrecarga de funções.

A corporação tem cerca de 4,5 mil servidores – número inferior ao preconizado por uma lei distrital de 1993, que determinava 5.940 para a então população, de 1,6 milhão. O salário inicial da categoria é de R$ 7,5 mil. Os policiais afirmam ter perdido 50% do salário para a inflação e cobram a normatização das licenças prêmio e capacitação.

Desde que assumiu o comando do Executivo local, em 2015, Rollemberg nega conceder reajuste a servidores do governo. O último relatório mostra que o governo gastou 47,19% do que arrecadou só para pagar servidores, entre maio de 2016 e abril deste ano. Isso significa que o GDF ainda está acima do "limite prudencial" da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é de 46,55%. O DF está acima desse número desde janeiro de 2015.


Fonte - g1/Distrito Federal

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