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Ordem no STF é manter foco no julgamento de Bolsonaro e evitar armadilha de Trump

Ministros defendem tom firme, mas sóbrio, na reabertura do Judiciário, marcada para esta sexta-feira (1º)

*com informações Gerson Camarotti

Presidente dos EUA, Donald Trump, 

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvidos pelo blog são unânimes: o momento exige concentração total na reta final do julgamento da tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. A prioridade é evitar distrações e, sobretudo, não cair no que consideram uma “armadilha” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A avaliação interna é de que as sanções impostas por Trump ao ministro Alexandre de Moraes, com base na chamada Lei Magnitsky, têm dois objetivos: retaliar o julgamento de Bolsonaro — ainda que este siga os trâmites legais brasileiros — e reagir às ações que buscam enquadrar as big techs às leis do país. A resposta, dizem os ministros, deve ser firme, porém serena.

A expectativa é que, na sessão de reabertura do Judiciário nesta sexta-feira (1º), se pronunciem o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso; o decano da Corte, Gilmar Mendes; e o próprio Moraes. Outros ministros também podem se manifestar durante a sessão.

A percepção predominante é que há uma tentativa clara do entorno bolsonarista de criar um “nevoeiro político” para confundir a opinião pública e enfraquecer o julgamento. Como antecipado pelo blog, Moraes já indicou a colegas que pretende pautar o julgamento ainda em setembro.

Ministros do Supremo também preveem que, em caso de condenação de Bolsonaro, a pressão se voltará para o Congresso Nacional, especialmente em torno de uma possível anistia. Por isso, acreditam que é necessário que o Legislativo — Câmara e Senado — também se posicione com firmeza em defesa da soberania nacional e das instituições democráticas.

Nesse contexto, a nota oficial divulgada pelo presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP), sobre a sanção americana a Moraes, foi considerada excessivamente tímida por integrantes da Corte.

O próprio deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, chegou recentemente a ameaçar Alcolumbre e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), insinuando que eles também poderiam ser alvos de futuras sanções impostas por Trump.


Jantar no Alvorada

Na noite de quinta-feira (31), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu no Palácio da Alvorada um grupo de ministros do STF, entre eles Moraes e Barroso. Também participaram do encontro o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Segundo relatos, o tom do jantar foi de solidariedade a Moraes e defesa enfática da soberania brasileira frente à ingerência externa.

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